domingo, 11 de setembro de 2016

Diário de uma desconhecida

Publicada por Luciana Carvalho à(s) 16:20
E também se me conheces minimamente sabes que sou licenciada numa área que muitos de vocês perguntam quais as saídas profissionais porque não têm ideia do que seja ou confundem simplesmente com jornalismo. Durante toda a minha vida já quis ser tanta coisa. Costureira, astronauta, professora de ensino básico, nutricionista, polícia, professora de educação física, jornalista. E agora sou uma mera licenciada em Ciência da Informação. Pergunto-me porque sou tão indecisa. Sim, porque decisões para mim são algo que me perturba mesmo. Considero que a questão de gostar de diferentes áreas de conhecimento se deve ao facto de não me conseguir focar em algo, não conseguir encontrar algo que goste a 100% ou então encontrar paixão em pequenas coisas de diferentes áreas. Sinto-me uma pessoa hibrida, uma pessoa capaz de fazer qualquer coisa e se adaptar a qualquer área profissional mesmo que existam proventura algumas que me despertem mais interesse como áreas como jornalismo, psicologia, astronomia, esoterismo. E como conciliar todas elas numa profissão? Pois, não dá! Sinto que não sou boa o suficiente para me dedicar a um emprego a 100% porque não há algo que goste nessa escala. Mas nada disso interfere na minha competência e esforço quando estou num projeto. Se decidir levar o projeto para a frente não é por não me sentir realizada que não vou atingir meus objetivos.
Mas falando de decisões...será que devo falar? Sim? Não? As decisões para mim fazem parte de uma grande percentagem para agravar a minha ansiedade. Sempre que me deparo com caminhos a seguir, sou horrível para decidir qual tomar. Normalmente faço listas de prós e contras que as vezes acabam por nem dar em nada porque não sei até que ponto uns pesam mais que outros. E normalmente acabo por seguir o que sinto que muitas vezes nem é o correto o que me pode tornar egoísta ou também agir por impulso que é umas das minhas características mais marcantes. Normalmente as pessoas refletem, pensam e dizem. Seria essa a ordem correta. O que faço é dizer, pensar e depois refletir. Sou uma pessoa bastante impulsiva que faz com que as vezes magoe pessoas e faça coisas que não queria daquele jeito. E algo dito é algo que não pode ser retirado. Os meus impulsos são dificeis de combater e apesar de não querer tomar certas atitudes elas vão sempre acabar por acontecer. Por isso, se não queres ser alvo da minha impulsividade não te tornes muito próximo. Normalmente ela age mais com as pessoas que realmente me são importantes.
Eu sei que as pessoas mais chegadas “sofrem” bastante com a minha forma de ser e estar na vida. Eu sou uma pessoa que me apego facilmente a outras pessoas. E sinto a necessidade que as pessoas (as mais próximas) demonstrem que gostam de mim assim como eu faço. Não consigo compreender quando elas não dão tanto quanto eu. E sinto a necessidade de saber que não fui a culpada pelos relacionamentos terem acabado, sejam eles familiares, amorosos ou de amizade. Porque na verdade vou-me sentir sempre culpada quando tudo acabar, mesmo sabendo que muito vai ser devido à minha impulsividade mas que também não deverá ser só por isso. Mas eu sinto que sou culpada mesmo te dizendo que tiveste culpa. Porque eu não sei lidar com rejeição.


2.doc, Luciana Carvalho (2016)

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